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A autora do blog é delegatária do registro público de Pessoas Naturais, de Títulos e Documentos e de Pessoas Jurídicas na Comarca de Içara/SC, desde 1993.

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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Bancas de jornais em SP e Cartórios


No Bom Dia Brasil (Rede Globo) de hoje (02/02/2010), uma matéria me chamou a atenção para alertar sobre os novos momentos em que vivemos. Há 60 anos há uma banca de revistas na Praça da Sé, em São Paulo, assim como uma na Praça da República que está lá há mais de 30 anos. Em regime de autorização/concessão, famílias exploram o serviço de venda de jornais e revistas (e sempre tem mais umas quinquilharias). Legalmente nos pontos, assim como muitos outros naquela imensa Capital, os jornaleiros estão sendo intimados a sairem de onde estão com o argumento de que as bancas servem de esconderijo a assaltantes e também porque atrapalham os pedestres. Pensei por um minuto: se a banca não estiver no meio do caminho (está lá há 60 anos a mais antiga), o pedestre não terá ali, à sua frente, à sua disposição, as últimas notícias. Ou não estará ali, na parada do ônibus, lendo as manchetes expostas na banca, porque levaram as bancas. Será que a retirada das bancas do meio das calçadas vai trazer mais benefícios aos pedestres e mais segurança à população; ou será que os pedestres vão ficar menos informados e passarão a ser assaltados mais no cantinho?!!... E pensei mais um pouco (acho que estou pensando demais): aquelas famílias alegam que aquele é o ganha pão da família há décadas. Isso me soou muito parecido com outros profissionais. Até que ponto as medidas em prol de uns justificam as que delimitam a atuação de outros? Não sou contra a retirada de bancas de jornais do meio do caminho dos pedestres que não querem ler, quem sou eu?!!! E se o bandido for se esconder atrás das árvores da praça, elas, às árvores, serão a bola da vez, afinal ficam ali paradas, ajudando bandidos a se esconderem. Eu sou a favor da avaliação do impacto que algumas medidas tem, que não justificam o descarte. Renovação é sempre benvinda, afinal eu cheguei aqui, mas daqui a pouco, bem pouco, pelo jeito, eu também não vou servir mais.

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